Politica

Roger Waters manda recado em show: ‘Se não suporta política, vá para o bar’

O cantor Roger Water fez o primeiro show da turnê ‘This is not a drill’ nessa terça-feira (24/10), em Brasília. Famoso por falar abertamente sobre política e se identificar como uma pessoa de esquerda, o ex-Pink Floyd deu um recado para o público logo no início da apresentação, pedindo para quem não gostasse dos posicionamentos dele, se retirasse do Estádio Mané Garrincha, onde aconteceria o show.

A mensagem foi exibida no telão em português e em inglês. “Senhoras e senhores, por favor, ocupem seus lugares. O espetáculo está prestes a começar. Antes de começar, duas mensagens públicas. Primeiramente, em consideração aos demais espectadores, desliguem seus celulares. E em 2º lugar, se você é daqueles que diz ‘eu amo o Pink Floyd, mas não suporto a política do Roger’, você pode muito bem se retirar para o bar agora. Obrigado”, dizia o texto.

Na última passagem pelo Brasil, em 2018, Waters foi criticado por bolsonaristas por incluir o ex-presidente na lista de neofascistas em atividade pelo mundo, além de exibir a mensagem “ele não”, usada por opositores na campanha eleitoral daquele ano. Naquele ano, o músico tentou visitar o ex-presidente Lula, que estava preso em Curitiba na época, mas não teve autorização.

Nesta passagem, os dois se encontraram. O músico também já exibiu uma mensagem em homenagem à Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.

‘This is nots a drill’

A turnê ‘This is not a drill’ começou a turnê com polêmica. Em maio, ele se apresentou em Berlim, usando uniforme de estilo nazista, o que levou a uma investigação da polícia alemã. Apesar de o músico ter defendido que o show era claramente contra o fascismo, a injustiça e o fanatismo, as vestes causaram polêmica no mundo todo.

Na ocasião, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino afirmou que apologia ao nazismo é crime no Brasil, mas descartou censura prévia aos shows. O fato é que Waters decidiu subir aos palcos tupiniquins sem usar o traje polêmico.

Mas isso não significa que o ex-Pink Floyd não fez um show politizado. Na apresentação de Brasília, ele demonstrou apoio aos refugiados e à Palestina, que sofre com a guerra entre Israel e Hamas. Waters citou o assassinato de um palestino em uma lista de mortes arbitrárias em todo o mundo e inclui também o Rio de Janeiro.

Em outro momento, ele reivindicou os direitos humanos de palestinos, indígenas, transsexuais e outros grupos vítimas de violência. Além disso, defendeu os direitos reprodutivos das mulheres e criticou líderes mundiais, especialmente o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Falando de música, o show transportou os fãs para grandes momentos da história da música, com músicas clássicas do Pink Floyd no repertório. A faixa ‘Another brick in the wall’ foi cantada em coro pelo público.

“This is not a drill’ é a primeira turnê de despedida de Waters. Após Brasília, ele passará por Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Na capital mineira, a apresentação é no dia 8 de novembro, no Mineirão, a partir das 21h. Os ingressos variam de R$ 220 a R$ 1.990.

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